Helena Rubinstein é um ícone do século XX. Nascida em 1872 na Polônia, numa família simples, a mais velha de oito irmãs entrou para a história como a imperadora da beleza. Quando faleceu, em 1965, era dona de uma das maiores fortunas do mundo. Aos 24 anos, exilou-se na Austrália trazendo consigo 12 potes de creme facial caseiro inventado por sua mãe. Abriu seu primeiro salão em Melbourne e as mulheres enlouqueceram com seu método inovador e sua abordagem científica para a beleza. Em 1905, ela já havia acumulado em sua conta bancária 100 mil libras e comercializava uma linha de produtos que logo ficaram famosos. Depois de conquistar a Austrália, abriu salões na Europa e nos Estados Unidos, numa época em que as mulheres raramente eram vistas no mundo dos negócios, muito menos gerenciando a própria empresa multinacional. Vestida por Chanel e Yves St Laurent e pintada por Salvador Dalí e Pablo Picasso, além de amiga de todos eles, Helena não apenas desfrutou de um sucesso sem precedentes, como exerceu grande influência na libertação das mulheres. A vida bem-sucedida e tantas vezes trágica da personagem é cuidadosamente descrita pela jornalista e escritora Michèle Fitoussi em A mulher que inventou a beleza. O livro revela detalhes da trajetória de Helena Rubinstein, uma mulher a frente de seu tempo, cujo legado ainda hoje pode ser visto na indústria de cosméticos, na moda e nos hábitos femininos em todo o mundo.