A presente obra foi fruto de pesquisas realizadas no bojo do mestrado em Direito Processual Civil da Universidade Paranaense, do curso de extensão em Neuropsicologia, Cognição e Emoção da PUC/SP, da extensão em Neurociência Facial do F-M Group International da Universidade Fernando Pessoa e da atuação prática como mediadora e conciliadora do TJPR.
O livro procura demonstrar as possibilidades de aplicação da Neurociência na justiça autocompositiva, com ênfase na Mediação.
Mudanças sociais progressivas, relações humanas complexas, novas tecnologias e globalização são fatores responsáveis pelo alargamento dos conflitos sociais. Do Poder Judiciário exigiu-se uma prestação jurisdicional adequada e um sistema eficaz, equilibrado e célere para solução dos dissensos.
A Mediação busca aproximar os conflitantes, incentivando o diálogo entre eles. Na sua realização, outras ciências são aplicadas, evidenciando seu caráter transdisciplinar. A justiça multiportas da Escola de negociação de Harvard, o modelo circular-narrativo de Sara Cobb, os Processos Circulares de Kay Pranis com os rituais aborígenes em culturas antigas e o modelo Bush e Folger que aborda a Mediação Transformativa são bons exemplos da multidisciplinaridade existente na Mediação.
A Neurociência liga-se à psicologia comportamental e cognitiva, analisando os processos neuronais e implicações psicossociais, o que contribui com a Mediação, pois o conflito é fruto das interações humanas. O livro apresenta algumas abordagens exemplificando sua utilização.