O que é analogia? O que é pleonasmo obrigatório? Qual a diferença entre pátrio e gentílico? Por que dizemos campi para o plural de campus e não dizemos boni para o plural de bônus? Por que não escrever câmpus, como palavra invariável, como reles, lápis, simples, pires, por exemplo? Por que a língua portuguesa está tão desprestigiada? Que diferenças existem entre a flexão e a derivação? Qual é a origem da continência militar? Por que a entoação é esquecida até mesmo nos estudos de fonologia? A essas e a outras perguntas, como o que seja uma sobresdrúxula ou um properis-pômeno, este livro pretende responder, numa linguagem descontraída, num estilo coloquial distenso, em que até palavras difíceis, típicas da ciência linguística, se explicam de maneira clara e objetiva. Também aqui se denunciam “fantas-mas” gramaticais, regras apresentadas por gramáticos ansiosos por firmar uma jurisprudência em matéria de língua, sem o devido respaldo científico, além de atitudes que agridem oficialmente a norma gramatical, como, por exemplo, a recusa em pluralizar adequadamente nomes de tribos indígenas sem origem vernácula. Aqui o leitor encontrará também, além da diferença entre o gerúndio (que já foi objeto de “expulsão” da gramática portuguesa) e o gerundismo, com uma pequena bibliografia a respeito, um estudo sobre a necessidade de se respeitar o paralelismo de construção, para evitar ambiguidades ou tropeços sintáticos.