De: R$ 0,00Por: R$ 48,50ou X de
Preço a vista: R$ 48,50
Calcule o frete:
Para envios internacionais, simule o frete no carrinho de compras.
Calcule o valor do frete e prazo de entrega para a sua região
Sinopse
Em “Vacina: história, ciência e negacionismo”, Sidney Chalhoub (1957) analisa como a resistência à imunização marca a história das epidemias, da varíola à covid-19. Segundo o pesquisador, “é comum que haja um percurso, às vezes longo e tortuoso, cheio de idas e vindas, entre determinada descoberta científica e a aplicação dela para beneficiar a população”.
Esta edição publica também os textos dos três vencedores da 4ª edição do Concurso de Ensaísmo serrote. Primeiro colocado, o poeta Rodrigo Lobo Damasceno (1985), nascido em Feira de Santana (BA), assina o ensaio “Boi morto, boi morto, boi morto”. O autor parte das esculturas em couro, metal e madeira do artista Juraci Dórea, expostas no sertão baiano, para analisar as contradições da modernização brasileira. Atualmente a obra de Juraci pode ser vista na 34ª Bienal de São Paulo, em cartaz no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera.
O artista Vinícius da Silva (2000), de Nova Iguaçu (RJ), ficou em segundo lugar com o texto “Barricadas para o fim do mundo”, no qual recorre a autoras como bell hooks e Jota Mombaça para refletir sobre estratégias para futuros possíveis. “Propor um fim para este mundo pode passar, também, por um esforço de cortar o mundo com delicadeza, como nos ensinam as travestis que carregam navalhas em suas bocas”, escreve o pesquisador. O paulistano Gabriel Campos (1984) foi o terceiro colocado com o ensaio “Saudades de João Antônio”. No texto, reflete sobre o legado do escritor paulistano, conhecido por suas representações dos operários e da vida boêmia da cidade, e o aproxima da literatura produzida hoje por autores das periferias.
Outro destaque é o ensaio da antropóloga Aparecida Vilaça (1958), no qual ela retoma a trajetória de Karapiru, indígena do povo Awá-Guajá.
A revista traz ainda o texto “Buraco negro”, da escritora Namwali Serpell (1980). A autora, que nasceu na Zâmbia e atualmente vive nos EUA, reflete sobre as representações das vaginas das mulheres negras, dos tratados racistas do século XIX ao TikTok. “A boceta preta é o nosso centro ausente. Está em toda parte e em lugar nenhum [...] Em vez de maldizê-la e renegá-la, nós deveríamos estar nos perguntando: como mantê-la livre?”
O racismo é abordado também no ensaio de Acauam Oliveira (1981), professor da Universidade de Pernambuco. O pesquisador apresenta um contraponto à visão recorrente de que os negros norte-americanos se revoltariam mais do que os brasileiros.
A serrote #39 publica uma análise do antropólogo Rodrigo Toniol (1988) sobre o processo de apropriação de signos do judaísmo pela extrema direita brasileira. Para entender o fenômeno, segundo o pesquisador, é preciso destrinchá-lo a partir de quatro elementos: raça, salvação, nação e política.
Em “A brasilianização do mundo”, o pesquisador Alex Hochuli (1985) defende que, em um futuro próximo, outros países reproduzirão a realidade nacional, marcada pela desigualdade social e precariedade do trabalho. “O Brasil encontra-se empacado – preso em uma flutuação perene entre a esperança e a frustração. E agora ser moderno, mas não moderno o bastante, parece ser o destino de uma parcela grande do mundo: WhatsApp e favelas, e-commerce e esgoto a céu aberto.”
Este número traz também o texto “O lugar das musas”, no qual o arquiteto Guilherme Wisnik (1972) reflete sobre a produção de três ícones da música nacional: Gilberto Gil, Caetano Veloso e Chico Buarque. Wisnik identifica como a figura mitológica da musa aparece no cancioneiro dos três compositores, seja como parceira, amante ou mãe.
Helen Hester (1983), professora da University of West London, assina um ensaio sobre o conceito de “xenofeminismo”, movimento que associa tecnologia e ativismo em busca de uma política de gênero radical.
Na seção “Alfabeto serrote”, Ryan Mitchell, professor assistente de direito na Universidade Chinesa de Hong Kong, analisa o termo “lavagem cerebral”. O autor identifica que a expressão, popularizada no Ocidente a partir de meados do século XX, teve origem na China no século XIX.
O ensaio visual desta edição traz uma série do artista Sidney Amaral (1973-2017). Os textos da serrote #39 também são ilustrados por obras de Juraci Dórea, Flora Rebollo, Fabrizio Lenci, Gê Viana, Kobi Assaf, Moisés Patrício, Tschabalala Self, Valeska Soares, ORLAN e Marina Camargo.
Ficha Técnica
Especificações
ISBN | 9788560168859 |
---|---|
Pré venda | Não |
Editor | IMS |
Peso | 710g |
Editor para link | IMS |
Livro disponível - pronta entrega | Sim |
Dimensões | 24 x 18 x 1.8 |
Idioma | Português |
Tipo item | Livro Nacional |
Número de páginas | 224 |
Número da edição | 1ª EDIÇÃO - 2021 |
Código Interno | 969640 |
Código de barras | 9788560168859 |
Acabamento | BROCHURA |
Editora | IMS - INSTITUTO MOREIRA SALLES** |
Sob encomenda | Não |