Este diário foi escrito e compartilhada em meu Facebook num período de 120 dias, do dia 11 de março a 8 de julho de 2020. Comecei o registro pensando que a pandemia duraria poucas semanas. Fui muito otimista. Já que passamos mais de um ano em isolamento.
O diário começa mais leve, ainda em ritmo de pós-carnaval. Depois passa à angústia de ver o tsunami chegando, além da raiva contra o negacionismo presidencial. A montanha-russa de eventos incluiu panelaços, quarentenas, desabastecimento de papel higiênico e papel-moeda, defuntos nas ruas, UTIs colapsadas, hospitais de campanha, protestos globais, esperança de um impeachment, memes, lives, home office, circuit breakers, lockdowns, falências, reprises, demissões de ministros, bravatas, filas para auxílio emergencial, desesperança com impeachment, fechamentos dos espaços aéreos, escolas, competições esportivas e até da gravação de novelas da Rede Globo.
Este livro serve como um registro histórico do (des)governo durante esses primeiros meses críticos, principalmente no Brasil e nos EUA, os dois países mais afetados pela tragédia até aqui. Como essa crise evoluiu e cresceu tanto? Quais os erros e acertos nas diferentes regiões do mundo?
Também servirá de recordação para, em leituras futuras, relembrarmos o dia a dia de uma pandemia, as mudanças de humor e o sentimento de medo; as esperanças que surgiam e eram destruídas por novas notícias ruins naquele início caótico, quando o mundo teve de frear bruscamente. Como nos comportamos contra um inimigo invisível tão mortal? Como evitar os mesmos erros no futuro?
Uma nova pandemia pode surgir nos próximos dez ou vinte anos – no último século foram quatro. Com o planeta cada vez mais conectado, aprender com a história deixa de ser apenas importante, passa a ser essencial. Antecipando a principal lição: negacionismo científico mata. E muito.