Na manhã do dia 1o. de janeiro, dia de Ano-Novo, a campainha toca na casa de Amanda e Téo. Era um motoqueiro trazendo uma encomenda. Uma caixa que não tinha nenhuma referência do remetente: nem nome, nem endereço, nada. Dentro da caixa... um pingüim! Acompanhado por um bilhete recomendando que a família cuidasse dele. Quem teria mandado um presente desses? Mistério!
No dia seguinte, na mesma hora, de novo o motoqueiro, trazendo uma nova caixa com outro pingüim. E assim foi o ano inteiro, dia após dia, sem falhar um só. Quando chegou o réveillon, 31 de dezembro, a casa da família estava tomada por 365 pingüins.
Não foram poucos os problemas que essas aves frajolas, com sua plumagem parecendo um traje a rigor, causavam aos dois irmãos e seus pais. Além do trabalho para cuidar delas e do dinheirão que custava alimentá-las com quilos e mais quilos de peixe fresco, o pai de Téo e Amanda teve de bolar sistemas complicados para guardar toda aquela bicharada. E a barulheira dos seus grasnidos? E o mau cheiro? Como se não bastasse, a família ainda tinha de enfrentar as reclamações dos vizinhos.
Ainda bem que no "trim!" seguinte, em vez de um 366o hóspede, quem chegou foi uma pessoa que conhecia muito bem cada um dos pingüins e que trazia a explicação de todo o mistério.
Com ilustrações bastante originais e bem-humoradas, todas em preto, azul e laranja, e um formato inusitado, o livro já chamou atenção mundo afora - foi publicado em 12 países e no Japão, por exemplo, enfeitou (ou melhor, inundou de pingüins) as livrarias por um bom tempo.