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Sinopse
A partir dessa constatação lançamos a hipótese segundo a qual a prolongada crise que atinge a política ocidental é resultado daquilo que podemos chamar de dicionarização da política. De fato, o dicionário é o dispositivo que pretende capturar em um todo fechado a multiplicid...ade da língua; transposto para a política, esse esquema indica a tentativa de definir, de uma vezpor todas, o que é a política e quais são seus procedimentos, com o que tudo aquilo que fica de fora passa a ser visto como antipolítica ou irresponsável utopia. Os lexicógrafos da política são as instâncias que personalizam o poder, que não só o exercem, mas o impõem aos demais enquanto fardo, controlando e determinando quais são as escolhas que podemos fazer, todas elas fixadas e rotuladas no dicionário da institucionalidade.
Nesse sentido, a crise da política que mencionamos anteriormente pode ser entendida como a percepção de que há algo fora do dicionário, de que a língua da política não sedeixa cercar e domesticar, pois muito antes de quaisquer modelos ou desenhos institucionais se impõe a evidência da infundamentabilidade de qualquer poder, o que chamamos aqui de an-arquia, ideia que se comunica mas não se confunde com os anarquismos históricos. Assim, pensar politicamente significa pensar um fundamento sempre ausente e por isso mesmo recusar o gesto grandiloquente do dicionário total, preparando no máximo alguns verbetes fragmentários relativos a uma política que não se traduz em instituições constituídas tradicionalmente, mas remete à radicalidade da própria política, à sua raiz an-árquica, tratada de forma genealógica e crítica.
Este livro, com prefácio do filósofo Roberto Esposito, corresponde à tentativa de criticar o léxico político empobrecido a que nos acostumaram, e pensar outros por meio dos verbetes morte, linguagem, comunidade, comando, anarquia, pandemia, povo, democracia, utopia, distopia, estado de exceção, desobediência civil, política e teologia, encerrando-se com dezoito teses ao estilo benjaminiano em que evocamos a figura do anarquista francês Ravachol, “a voz da dinamite”, para com ela desinstituir as relações entre tempo, espetáculo e exceção.
Ficha Técnica
Especificações
ISBN | 9786584744080 |
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Subtítulo | FRAGMENTOS DE UM DICIONÁRIO DE POLÍTICA RADICAL |
Pré venda | Não |
Biografia do autor | Andityas Soares de Moura Costa Matos (Barbacena, 1979) é Doutor em Direito e Justiça pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Realizou estágio Pós-Doutoral em Filosofia do Direito na Universitat de Barcelona e é Doutor em Filosofia pela Universidade de Coimbra. Atua como Professor Associado de Filosofia de Direito e disciplinas afins na Faculdade de Direito e Ciências do Estado da UFMG. Autor de Filosofia Radical e utopias da inapropriabilidade: uma aposta an-árquica na multidão (Fino Traço, 2015), e coautor, com Francis García Collado, de O vírus como filosofia/A filosofia como vírus: reflexões de emergência sobre a COVID-19 (GLAC, 2020), entre outros. |
Peso | 266g |
Autor para link | MATOS ANDITYAS SOARES DE MOURA COSTA |
Livro disponível - pronta entrega | Sim |
Dimensões | 23 x 16 x 0.83 |
Idioma | Português |
Tipo item | Livro Nacional |
Número de páginas | 166 |
Número da edição | 1ª EDIÇÃO - 2023 |
Código Interno | 1058532 |
Código de barras | 9786584744080 |
Acabamento | BROCHURA |
Autor | MATOS, ANDITYAS SOARES DE MOURA COSTA |
Editora | SOBINFLUENCIA |
Sob encomenda | Não |