O poder e seus caminhos por vezes tortuosos, apoiado na violência, no radicalismo e na intolerância, é o tema do novo livro do monge budista Thich Nhat Hanh. Precursor do chamado budismo engajado, Thich Nhat Hanh ficou conhecido nos anos 60 ao lutar pela paz e pelo fim da Guerra do Vietnã. Agora, com A arte do poder, ele mostra que a filosofia zen budista pode ser um antídoto para aplacar a sede de autoridade que assola os homens, tanto na vida pública quanto na privada, impedindo-os de alcançar a verdadeira felicidade.Na contramão dos tradicionais manuais de negócios e gestão empresarial, Thich Nhat Hanh mostra que a atual interpretação de poder conduz o homem ao estresse, ao medo e à ansiedade, e não à realização plena. Em vez de conquistar o poder, muitos executivos se tornam vítimas do próprio sucesso, escravos da rotina de trabalho e das metas que se impõem. Para o monge, ?o poder é bom para uma coisa apenas: aumentar nossa felicidade e a felicidade dos outros?. Este é o poder espiritual, legitimado pelo objetivo de proporcionar a paz e a realização, individual e coletiva.