Nesta história tão ambiciosa quanto original da Primeira Guerra, Peter Englund aborda o conflito a partir de seu aspecto menos explorado, mas talvez mais revelador: a experiência das pessoas comuns - não apenas a tragédia e a dor, mas também o absurdo e mesmo, por vezes, a beleza dessas vidas. A beleza e a dor não é, assim, um livro sobre o que foi a Primeira Guerra - ou seja, suas causas, seu desenrolar, seu final ou suas consequências -, mas antes sobre como foi esse conflito. O leitor nele não encontrará tantos eventos e processos, mas sim pessoas, impressões, experiências ou estados de ânimo. Uma reconstituição do mundo emocional em primeiro lugar, depois o curso dos acontecimentos. A narrativa é composta a partir da voz de dezenove indivíduos, todos resgatados do anonimato por meio dos diários e das cartas que Peter Englund usou como fonte primária de sua pesquisa. Entre eles há um jovem da infantaria britânica que pensava em emigrar até que a guerra lhe ofereceu uma “promessa de mudança”; um bem intencionado funcionário público francês de meia-idade que tem sua admiração pela cultura europeia para sempre abalada; um escritor socialista que perdeu a fé na transformação do mundo com a eclosão do conflito; uma garota de doze anos que aguarda ansiosa as vitórias militares, pois elas significam a mudança de rotina na escola. Alguns viviam no front Oeste, outros nos Bálcãs, outros ainda na África Oriental ou na Mesopotâmia. Dois morrerão, um jamais ouvirá o disparo de um tiro; alguns se tornarão prisioneiros de guerra; outros serão condecorados como heróis. Mas apesar de suas diversas ocupações e destinos, gênero ou nacionalidade, todos estarão unidos por seu envolvimento - voluntário ou não - no grande e terrível conflito que mudou os rumos do século XX. “Um dos melhores trabalhos jamais escritos sobre a psicologia da guerra.” - Simon Sebag Montefiore “Um mosaico impressionante da experiência pessoal durante a Primeira Guerra.” - Antony Beevor “Um livro sobre homens e mulheres vivendo no limite.” - Max Hastings