O segundo livro da trilogia iniciada com A Cabala da comida trata da relação do indivíduo com o sistema de valores e riquezas do mundo que o cerca. Ao mostrar os reflexos da moeda nas dimensões da emoção, da afetividade e da espiritualidade, o rabino Nilton Bonder reflete sobre os limites da riqueza. Assim como nos outros volumes de sua trilogia, Bonder extrai da vivência cotidiana uma série de aspectos que nos definem espiritualmente.
A Cabala do dinheiro é uma análise sobre nossa relação espiritual com os bens materiais e as finanças. As questões do bolso (Kissó) dizem muito sobre os valores e crenças que nos guiam. Nilton Bonder sintetiza a antiga visão rabínica que acreditava ser a Natureza bem mais violenta e cruel que o Mercado. Segundo esta tradição, cooperação e solidariedade, aspectos vistos como necessários nas boas transações econômicas, podem ser também elementos de transcendência e espiritualidade, que tornam o Mercado e as trocas efetuadas no dia-a-dia um cenário para a expressao religiosa e mística.
Enriquecer é, mais do que um direito, um dever, diz o autor. E o ser humano tem por missao combater a escassez, tanto aquela que ameaça o seu lar, quanto a que causa sofrimentos no mundo. A cabala relativa ao dinheiro nos ensina, entre outras coisas, a importância dos negócios que geram a relação ganha-ganha e não provocam destruição ao ambiente.
Mas o rabino não fala apenas do lado financeiro. Economizar recursos emocionais, não perder tempo nem esbanjar o tempo alheio, evitar criar falsas expectativas, deixar a fofoca de lado e até compartilhar conhecimento são conselhos descritos em detalhes nas páginas do livro. Combater os maus impulsos é fundamental para manter o equilíbrio dos universos material e espiritual, garantindo riquezas de tesouros e méritos. Sabendo investir e economizar em todas as dimensões, será possível garantir bons negócios no mundo vindouro.