Nosso mundo está enfermo, mas a crise econômica atual, que polariza todas as atenções, é apenas um sintoma de desequilíbrios muito mais profundos. A crise que atravessamos é sistêmica: ela toca todos os setores da vida humana.
Existem, contudo, vias de cura. Apoiando-se em experiências concretas, o autor mostra a existência de uma lógica diferente daquela quantitativa e mercantil, que está conduzindo o mundo à catástrofe. Trata-se de uma lógica qualitativa que privilegia o respeito pela Terra e pelas pessoas. O autor reivindica ainda uma redescoberta esclarecida dos grandes valores universais — verdade, justiça, respeito, liberdade, amor, beleza —, a fim de evitar que o homem moderno, movido pela embriaguez da desmedida e também pelo medo e pela cobiça, venha a decretar o próprio fim.
Depois de ter falado da sabedoria pessoal em obras precedentes — Socrate, Jésus, Bouddha (Fayard), Petit traité de vie intérieure (Plon) e L’Âme du monde (NiL) —, Frédéric Lenoir põe aqui os fundamentos filosóficos de uma sabedoria para nosso tempo; uma ética de liberdade e de responsabilidade que passa pela conversão de cada um de nós, segundo a expressão de Gandhi: “Seja a mudança que você deseja para o mundo”.