O?Direito Médico?ou?Direito da Saúde?tem ganhado cada dia mais espaço na mídia e, principalmente, nos meios judiciais. Isso decorre, inexoravelmente, da complexidade dos casos envolvendo a relação médico-paciente e, fundamentalmente, uma conscientização maior, por parte do paciente, de seus direitos. Não há soluções fáceis para problemas complexos. O processo, como sempre defendemos, retrata a vida das pessoas envolvidas nele e não apenas um amontoado de papéis ou dados telemáticos, no caso dos processos digitais. Há muito mais. Há destinos e consequências que deverão ser suportados pelos litigantes. Por isso, todo processo deve ser conduzido com o máximo respeito, zelo e atenção. A importância deste estudo está relacionada ao aumento vertiginoso dos casos de?erro médico?que fazem, anualmente, inúmeras vítimas, que quedam indefesas, amargando profundos e irreparáveis danos estéticos, materiais, morais e existenciais, por não saberem como lidar com estas situações. Pelo menos é isso que a mídia, escancaradamente, estampa nos noticiários, todos os dias. Contam, como sempre, apenas uma versão dos fatos, analisam apenas um lado da história, julgam impiedosamente apenas um lado dos contendores. Entretanto, nem sempre o médico é o vilão da história. Inúmeros casos judiciais desvelam aventuras jurídicas totalmente destituídas de fundamento. Verdadeiras pretensões de lucro fácil. Por isso, nesta obra, optamos por também contar o outro lado da história. O lado do médico que se queda indefeso diante de um sistema sucateado, quanto atende pelo Sistema Público de Saúde, e caótico, no que diz respeito às relações interpessoais. E isso, sem descuidarmos de garantir os direitos fundamentais do paciente, mas sem nos esquecermos de que a cada direito conquistado corresponde uma obrigação que deve ser cumprida.