O que me levou a escrever poesias? Não sei. Sinceramente.
Quem me levou a escrever poemas? O Poeta. Certamente.
Há muito caminhava em círculos correndo contra o relógio. Camundongando.
A sensação que o tempo escorria os meus dedos e as ações, em vão, chamavam-se verbos, trazia-me aflição a cada nova linha de expressão do meu rosto. Deus não divide a sua glória.
Quem quer ganhar a vida, quem escolhe e lista seus sonhos, por mais rápido que suba a escada do sucesso, terá a frustração por companheira e a desilusão por medalha final. Colocou a escada no lugar errado.
E assim, a conta gotas, o Senhor vem me ensinando o que significa glorificá-lo.
Como permanecer nEle e realizar os Seus sonhos. Como frutificar. Como ser útil ao Seu Reino e aos Seus filhos.
Hoje ando com uma bússola na mão e sigo a direção que Ele aponta. Uma por dia. Passo a passo.
E a poesia? Bem, Ele a colocou na minha bolsa de ferramentas. Estava toda enferrujada porque não brilhava nem fazia barulho. No entanto, mostrou-se perfeita para o trabalho que Ele escolheu para mim. Uso como tradutor das falas deste mundo. Eis meu verdadeiro idioma!
O homem foi feito para glorificar a Deus que, em Sua magnitude, distribuiu-lhes instrumentos específicos, formas diferentes, tons e diversas vozes para a adoração.
Permanecer nEle, dar-lhe a devida glória - todo o crédito -, servi-lo com todo vigor. Só assim encontramos plenitude de alegria. No Seu propósito.
Sendo assim, parece-me que a escrita funciona como as asas de um pássaro. Ela me faz voar: para junto do Seu peito.
Os olhos do observador atento são atraídos para o Engenheiro do voo. E a Ele são direcionadas todas as exclamações devidas.
Espero, do fundo do coração, que essa leva de poemas tirada do forno que já moldou tantos vasos, seja útil a você.