Durante quase duas décadas, Napoleão Bonaparte impôs suas ideias e personalidade com êxito - de seu cultuado exército a edificações suntuosas, das roupas a decoração e ornamentação pública, das leis à ópera, da conduta sexual aos dias do calendário. Alçado imperador da França em 1804 com o título de Napoleão I, ambicionava fazer de "Paris não apenas a cidade mais bela do mundo, mas a mais bela que já existiu, e também a mais bela que jamais poderia existir”. Sua derrocada se deu em 1815, mas seu ideário já havia sido amplamente difundido e influenciaria todo o desenrolar do século XIX. Em 11 capítulos, incluindo o epílogo, A Era de Napoleão, de Alistair Horne, aborda o período entre 1796 e 1815, indo desde a ascensão à queda do líder francês, passando pelas mudanças dramáticas em curso na França e nos demais países europeus vizinhos. Com estilo elegante e direto, o autor foca nas conquistas não militares de Napoleão, no seu gosto pelo poder, na sua versatilidade e energia inesgotável e em como era viver na França sob seu reinado. Nascido em meio à pobreza na Córsega, Napoleão Bonaparte foi alçado ao poder nos anos turbulentos que se seguiram à Revolução Francesa, quando a maior parte da Europa se voltava contra a França. Por meio de uma série de vitórias brilhantes e improváveis, conquistadas tanto por sua notável habilidade em inspirar suas tropas quanto pelo talento militar, Napoleão trouxe uma paz triunfante que o transformou no ídolo da França e, mais tarde, em seu governante absoluto. Herdeiro da revolução, o próprio Napoleão não era um revolucionário, mas, na verdade, um reformador e modernizador. Horne guia os leitores por meio de cada aspecto de seu governo: do compromisso francês com uma aristocracia baseada no mérito e não mais na hereditariedade ao código civil napoleônico - seu legado mais importante e duradouro - incluindo também aspectos culinários, vida cotidiana, censura, além do cotidiano em Paris e influência da metrópole ao redor do mundo. No centro da história, está um homem singular, cuja ambição, força de vontade e habilidade para comandar transformou a Europa, lançando as bases do mundo moderno.