O escopo destes modestos ensaios, não o escondemos, outro não é que o de despertar, no selo da juventude de nossa pátria, o interesse para os altos problemas que agitam a mentalidade contemporânea e concorrer, na medida de nossas fracas possibilidades, para o triunfo das verdades eternas ensinadas por Jesus Cristo e defendidas, com galhardia, pelo gênio incomparável de Santo Tomás de Aquino. Queremos difundir, num meio que se ressente ainda da falta de uma orientação filosófica inteiramente sã, os grandes principias da filosofia tomista. Neste trabalho, aliás, despretensioso e em que não há buscar a perfeição do estilo, seguimos de perto a Santo Tomás, a mente privilegiada que Deus suscitou como uma graça e um dom especial para o mundo inteiro. Tomando por guia ao grande Doutor escolástico, não deixamos, entretanto, de consultar seus grandes comentadores e discípulos que, com tanto zelo e carinho, guardam a tradição intelectualista e levam por diante a obra insigne do Mestre, retocando-a, polindo-a, aperfeiçoando-a. Da introdução ressalta o plano que nos propusemos: rumamos para a existência de Deus e seu governo no mundo. Era preciso, porém, estabelecer previamente o valor ontológico da razão, examinar as pretensões do agnosticismo contemporâneo, discutir-lhe a doutrina, os postulados, o vigor dos argumentos, apreciar, em suma, a estrutura de todos esses sistemas modernos que diversos, embora, em sua forma exterior, não o são, contudo, em sua essência, se atendermos à verbiagem técnica, diria W. James.