Exemplos de governos injustos, cruéis e tirânicos são abundantes na história mundial recente. Um dos genocídios mais bem documentados de nosso tempo foi levado a cabo há menos de 100 anos, quando mais de seis milhões de judeus foram barbaramente mortos pelo governo nazista de Adolf Hitler. Mas o nazismo não está só – nunca esteve. Em várias épocas e partes do planeta houve grupos que se apossaram do poder do Estado para cometer toda sorte de atrocidades contra seres humanos – muitas vezes, contra seus próprios cidadãos.
Mas um governo populista, que se transforma em um Estado que viola sistematicamente direitos fundamentais, não nasce de uma hora para a outra. Ele é gestado com vagar e acaba por se tornar quase onipresente por conta de uma série de fatores. Dois deles são a omissão de parte da sociedade ao não barrar no nascedouro as ideias autoritárias e o uso do ordenamento jurídico para dar suporte à barbárie.
Neste livro, o professor e delegado da Polícia Federal Márcio Alberto Gomes Silva discorre com didatismo ímpar sobre quais são as características comuns entre seis sistemas violadores de direitos fundamentais, como se sustentam ou sustentaram e o que é preciso observar para impedir que as tragédias humanas se repitam.
Ao estudar e categorizar esses seis sistemas violadores de direitos fundamentais (Inquisição, nazismo, sistema de perseguição soviético, Estado Novo português, ditadura militar brasileira e Estado Islâmico), Márcio Alberto nos desenha a fórmula da tirania e alerta para os sinais a que devemos atentar antes que seja tarde demais.