Escritos entre os séculos XIII e XVI, os contos do livro As Mil e uma Noites se tornaram parte do imaginário popular no ocidente, como Aladim e Ali Babá, e a história da jovem Sherazade como fio condutor da narrativa. A autora Renée Ahdieh se inspira nesse clássico da literatura árabe para escrever o livro A fúria e a aurora, lançamento da Globo Alt, uma prosa embebida em uma atmosfera de romantismo e sensualidade trazendo uma visão contemporânea da obra original. O segundo volume da série (The Rose & the Dagger) está atualmente na lista dos dez livros mais vendidos (categoria jovem adulto) do New York Times.
Personagem central da história, a jovem Sherazade se candidata ao posto de noiva de Khalid Ibn Al-Rashid, o rei de Khorasan, de 18 anos de idade, considerado um monstro pelos moradores da cidade por ele governada. Casando-se todos os dias com uma mulher diferente, o califa degola as eleitas a cada amanhecer. Depois de uma fila de garotas assassinadas no castelo, e inúmeras famílias desoladas, Sherazade perde uma de suas melhores amigas, Shiva, uma das vítimas fatais de Khalid. Em nome da forte amizade entre ambas, Sherazade planeja uma vingança para colocar fim às atrocidades do atual reinado.
Noite após noite, Sherazade seduz o rei, tecendo histórias que encantam e que garantem sua sobrevivência, embora saiba que cada aurora pode ser a sua última. De maneira inesperada, no entanto, passa a enxergar outras situações e realidades nas quais vive um rei com um coração atormentado. Apaixonada, a heroína da história entra em conflito ao encarar seu próprio arrebatamento como uma traição imperdoável à amiga.
Apesar de não ter perdido a coragem de fazer justiça, de tirar a vida de Khalid em honra às mulheres mortas, Sherazade empreende a missão de desvendar os segredos escondidos nos imensos corredores do palácio de mármore e pedra e em cenários mágicos em meio ao deserto.