Uma família desestruturada lança grandes pedras de tropeço no caminho da vida. E as pedras sob os pés dos pequeninos são as mais dolorosas e as que precisam de reparação mais urgente. Gabriele Kuby, socióloga alemã a quem Papa Bento XVI chamou “corajosa guerreira contra as ideologias que, em última análise, resultam na destruição do homem”, exorta-nos a refletir sobre como, ao falharmos como cônjuges, falhamos como pais e assim causamos muitos problemas a nossos filhos. Para isso, Kuby aborda diversos tópicos que influenciam a vida familiar pós-moderna: políticas de gênero, a mentalidade antinatalista, creches, stress prematuro, distrações digitais, pornografia e divórcio.
Nas palavras de Fulton Sheen, “as crianças têm um papel redentor na família. Elas representam a vitória do amor sobre o ego insaciável, e simbolizam a derrota do egoísmo e o triunfo da caridade”. Tragicamente, porém, elas têm cada vez menos espaço na cultura ocidental. A partir dos dados culturais, sociológicos e biológicos, fica evidente: o problema que recai sobre nossas crianças é real, global e já enraizado; no entanto, ele está como que velado aos olhos da sociedade. Cabe a nós indagar: o que é realmente bom e normal, e como podemos realizá-lo? É apenas mediante a conversão pessoal e reconhecendo os mais íntimos anseios de nossas almas — a vida em abundância, a verdade plena e o amor constante — que descobriremos as respostas.