"A Manha do Barão" é uma peça de Ipojuca Pontes sobre como peripécias e ressurreição de Aparicio Torelly, o consagrado Barão de Itararé, reconhecido por várias gerações de brasileiros como o nosso maior e melhor humorista. "A Manha do Barão" (selo A Girafa) - que tem prefácio do jornalista José Nêumanne Pinto e capa de Entrelinha Design, elaborado a partir de fotografia de Benedito J. Duarte - reconstitui teatralmente a rica trajetória do jornalista gaúcho que, com uma circulação O jornal "A Manha", o Barão de Itararé, acicatou durante o meio ambiente pessoal, autoridades e regulamentos oficiais - todos os tipos representativos, segundo o autor, podem ser hoje facilmente identificados no emaranhado do cotidiano nacional. Na "Manha do Barão", nada para o humor corrosivo do fascinante personagem. Desde o ambiente sinuoso da nossa vida literária, passando pelo jogo pesado da ditadura "iluminada" de Getúlio Vargas e como pretensões messiânicas de certo tipo de jornalismo de conivência - tudo é vivenciado e glosado pela mordacidade do humorista como considerado como um dos responsáveis por Desmoralização do Estado Novo, segundo o próprio Itararé. "O Estado a que chegamos". A construção do conhecimento sobre a matéria, "A Manha do Barão" é, como o seu prefaciador, um texto teatral leve, fluido e gracioso, criado por quem conhece perto de uma obra do Barão, tornando-se, por isso, uma leitura prazerosa e que faz pensar.