O Papa Paulo VI, que em junho de 1966 havia suprimido o Index librorum prohibitorum, sete anos mais tarde, em 24 de setembro de 1973, não hesitou em proibir a divulgação deste livro. A ordem verbal foi transmitida a Dom Antônio de Castro Mayer, Bispo de Campos, pelo Cardeal Vicente Scherer, Arcebispo de Porto Alegre, ligado ao primeiro por antigos laços de amizade.Dois meses antes, todo o episcopado brasileiro havia recebido, em envios separados e com cartas de apresentação do então Bispo de Campos, uma cópia mimeografada dos dois principais estudos que compõem este livro: “Considerações sobre o Ordo Missae de Paulo VI” e “Modificações introduzidas no Ordo de 1969”.Um terceiro estudo, intitulado “A infalibilidade das leis eclesiásticas”, redigido em janeiro de 1971, foi acrescentado aos dois anteriores em nova edição mimeografada, assim como nas versões mimeografadas em Português, Espanhol e Inglês. Essas edições tiveram uma difusão restrita nas respectivas áreas linguísticas, no começo da década de 1970, entre sacerdotes e leigos de orientação tradicionalista.O interesse desta edição melhorada da versão inglesa, contendo os três estudos referidos acima, não é apenas histórico. O motu proprio Traditionis custodes – o qual visa confessadamente eliminar em longo prazo o rito imemorial da Santa Missa – reabriu a guerra litúrgica que João Paulo II e Bento XVI haviam procurado pacificar com seus respectivos documentos, a carta apostólica Ecclesia Dei afflicta e o motu proprio Summorum Pontificum.José Antonio Ureta