Uma subversão da tradição dos vampiros aristocráticos e fatais Um jovem padre vive na moderação do celibato e da castidade, mas nada poderia prepará-lo para a maior tentação de todas: um amor recíproco, avassalador e sincero, capaz de vencer a morte e encher sua existência de delícias, ao custo de apenas algumas porções do seu sangue… Nesta noveleta, o poeta e ficcionista Théophile Gautier nos apresenta a uma vampira de alta estirpe que se apaixona por um padre no dia de sua ordenação, embarcando ambos em uma paixão profana sem fronteiras entre realidade e sonho, dia e noite e, até mesmo, entre vida e morte. No ar, fica o questionamento sobre o verdadeiro horror da narrativa: a carinhosa morta-viva que compartilha com o padre uma vida de delícias sem fim ou os religiosos dispostos a fazer de tudo para destruí-la. [Extra] Edição inclui os contos de Gautier: O Cachimbo de Ópio (1838): um relato fantástico de uma experiência de ópio que não deixa nada a desejar em relação aos mais delirantes escritos surrealistas. O Pé da Múmia (1840): após adquirir um pé mumificado com um antiquarista, o narrador tem uma visão com a misteriosa princesa egípcia Hermonthis, que deseja reaver seu membro. O Cavaleiro Duplo (1840): um cavaleiro se vê diante de um inimigo inesperado, em tudo idêntico a si, e precisa derrotá-lo mesmo sabendo que as feridas de um são compartilhadas pelo outro. As Marcas Amarelas (1844): poema com uma das primeiras aparições de uma vampira na poesia francesa. Inclui prefácio de Bruno Anselmi Matangrano, minibiografia do autor desenvolvida por Cid Vale Ferreira e ilustrações de Caroline Murta.