A atualidade deste livro é tremenda. No momento em que é relançado o livro ¨Mein Kampf¨, de Hitler, brota ao mesmo tempo o seu contrário total, que é este livro, ¨A Morte é Ariana¨, de Carlos Nejar. Escrito em prosa-poética de todas as dimensões, este livro é um cântico sublime, hino fervoroso que proclama os direitos humanos, a mensagem da Amálgama do Brasil Universal, e que mostra que o nazismo pode irromper a qualquer momento, em qualquer lugar, a qualquer instante. Escrito com frases e sentenças que se entrelaçam e não se entrelaçam como singularidades tempo-espaço com outras singularidades tempo-espaço de todas as dimensões onde a tônica é a sacralidade da vida. São cânticos da quarta-dimensão e além. Os carrascos nazistas são os ratos. A cada parágrafo o leitor-leitora são levados a um estado de êxtase, seja pelos desdobramentos de ideias e sentimentos, assim como as belezas supremas que surgem, criando incessantes surpresas criadas por este genial escritor iluminado pela Graça Divina neste livro irresvalável. O livro percorre o caminho em que todos os tipos de Liberdade são revisitados e reinterpretados: a liberdade, o liberalismo da livre opção, a liberdade libertária das utopias revolucionárias, a libertinagem da condição humana, de sua imperfeição e do amor, e, por fim, a liberdade liberticida dos ratos carrascos nazistas. Ao ler este livro senti o tempo todo uma imensa felicidade, entre risos e lágrimas, e ao terminar de lê-lo, ouvi dentro do silêncio da minha alma aquela voz em júbilo que no Evangelho de São João anuncia: "Uma criança nasceu entre nós!", e em seguida as palavras de Jesus de Nazaré dizendo: "Quem fizer mal a um destes pequeninos que me acompanham, melhor seria se amarrassem uma mó de atafona (uma pedra muito pesada) ao redor do seu pescoço e o jogassem no fundo do mar! ". Jorge Mautner - Músico, compositor e membro da Academia - Brasileira de Filosofia