Aristóteles foi o criador da zoologia e da biologia, de um modo geral, bem como de suas diferentes subáreas, como a Anatomia Comparada, a Fisiologia, a Embriologia, a Ecologia, a Etologia etc. Por meio do seu Método Dialético (que inclui os métodos comparativo, empírico e descritivo), ele parte em suas investigações dos animais, das opiniões confiáveis dos autores anteriores, bem como de suas próprias observações e seus experimentos sobre os fenômenos. Após, ele compara os dados anteriores e os seus para compatibilizá-los. Os principais conceitos que ele criou para sua zoologia são o que ele denomina Identidade, hoje chamada de homologia, e de Analogia, bem como os conceitos deles derivados, principalmente os conceitos de Grupo Natural (ou Gênero), o Plano Geral de Construção Corporal e o Princípio de Correlação das Partes, bem como uma importante Lei da Embriologia. Aristóteles utilizou pela primeira vez o conceito de analogia para as semelhanças nas funções ou nas propriedades de características morfológicas muito distintas (como cabeça, perna, asa etc.). As homologias (identidades) servem para formar os Grupos Naturais, enquanto as analogias servem para distingui-los. Suas principais contribuições à zoologia foram as mais de 540 espécies descritas, a separação entre vertebrados e invertebrados, entre peixes e cetáceos, entre crustáceos e insetos, entre cefalópodes e os demais moluscos, bem como a anatomia e a fisiologia de inúmeras estruturas de vertebrados e invertebrados, entre elas o braço copulador dos cefalópodes e o forame magno do crânio. Sua principal falha foi não reconhecer o cérebro como a estrutura de controle das emoções e dos pensamentos.