E se você tivesse a oportunidade de reformar o mundo para deixálo do jeito que você quer? O que faria primeiro? Emília, a boneca de pano mais famosa da literatura brasileira, teve sua chance.
Em A reforma da natureza, Dona Benta, Tia Nastácia e o Visconde de Sabugosa são convidados a participar de uma conferência de paz na Europa. Mas a boneca decide ficar no Sítio. Segundo ela, se fosse, “diria umas boas verdades aos ditadores todos!” Provavelmente diria mesmo, mas na verdade ela tinha outros planos...
A Marquesa de Rabicó e sua amiga Rã, vinda direto do Rio de Janeiro, decidem reformar a natureza à sua maneira. Acham que “o mundo é uma grande trapalhada” e resolvem trocar os pés de jabuticaba pelos de abóbora e colocar torneiras nas tetas da Vaca Mocha. Também criam percevejos cheirosos, pernilongos que cantam e o fabuloso “livro comestível”. A confusão é imensa quando não tem gente grande por perto! E na segunda parte da aventura, quando o Visconde retorna da Europa, ele e a boneca fazem experiências em animais como formigas, grilos e centopeias, e acidentalmente criam monstros gigantes e assustadores. O mundo todo entra em alerta!
Originalmente divida em duas obras – A reforma da natureza e O espanto das gentes – e depois unida em um só volume, esta história foi escrita por Monteiro Lobato durante a Segunda Guerra Mundial, como parte do seu projeto de levar os grandes temas às crianças. Através da sua personagem – que neste livro até vira gente! – Lobato celebra o poder da imaginação e a magia do faz de conta como ferramentas para transformação do mundo.