O livro, A religiosidade no conto moçambicano - teoria, história e crítica, de Alberto José Mathe, acena para alguns temas relevantes, tais como o oral e o escrito, o latente e o manifesto, o tradicional e o moderno, o interdito e o permitido, o rural e o urbano, o nacional e o estrangeiro, o natural e o sobrenatural, o vivido e o imaginado, a vida e a morte, o local e o universal, o passado e o presente, a ordem e o caos, a memória, a cosmogonia e a escatologia. Ana Rita Santiago Os estudos sobre a memória continuam sendo o lado “místico” da ciência contemporânea, qualquer que seja, comprovando assim a sua relevância. A religiosidade é a mística em si. O conto, a mais bela forma de navegar entre a pretensão da verdade e a mística. Porém, a busca pela verdade na ciência demanda uma epistemologia e, a mística, uma crença justificada. O texto que temos em mão decodifica os símbolos e significados da complexidade que caracterizam a religiosidade e a mística no conto moçambicano. Alberto Mathe, com o aprumo que lhe é caraterístico, empresta algo mais neste livro, a sua veia epistêmica e o amor pela interdisciplinaridade. Manuel Cochole P. Gomane (Doutorando em Filosofia (Universidade Federal da Bahia) Sobre o autor Alberto José Mathe é pesquisador cultural com um mestrado em Línguas, Literaturas e culturas pela Universidade de Aveiro, Portugal. É professor de literaturas africanas na Universidade Save, Moçambique e membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Estudos Comparados, Crítica e Africanidades – UEA/ GEPPECA. Atua também como ativista cultural e consultor nas áreas de turismo criativo, indústrias culturais e criativas.