Escrever sobre Caratinga e região é resgatar uma história esquecida de uma época brilhante, recheada de articulações e jogos de poder; é esclarecer a todas as pessoas que passam casualmente por Caratinga, Manhuaçu, Imbé de Minas, Inhapim e arredores os muitos anos de história que repousam em suas ruas, praças, algumas casas e na memória de alguns moradores. Tudo isso nos remete a grandes indagações do passado, mexendo com nosso imaginário. Como era essa região, do ponto de vista político, nos anos 1920 e 1930? Qual foi a participação de Caratinga e região nos episódios da Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder? Todos conhecem os pormenores que redundaram na Chacina do Imbé, que vitimou o fazendeiro Joaquim Cândido da Silva? Os atos de selvageria acontecidos em Caratinga e arredores foram realizados em defesa da Revolução de 1930? Ou ela foi apenas um pretexto para resolver antigas pendências? A resposta para essas indagações não está nas estatísticas nem nos anuários oficiais, mas nos caminhos da memória e nos velhos documentos manuscritos. Afinal, “um povo que não conhece a própria história está condenado a repeti-la”.