Todos os bichos são iguais (mas alguns são mais iguais que os outros).
Cansados de serem explorados, os bichos da Fazenda do Solar se revoltam contra os humanos e, expulsos os proprietários, dão vida a uma nova ordem fundada sobre o progresso, a justiça e a igualdade. No entanto, uma vez instaurada a ordem, os bichos começam a se dar conta de que a igualdade prometida não vale para todos. Logo emerge entre eles uma nova classe de burocratas, os porcos, que com astúcia, ganância e prepotência se impõem sobre os demais. A tão almejada revolução degenera a cada tentativa em uma tirania sempre mais opressiva.
Com nova tradução de Pedro Mohallem e ilustrações de Nelson Provazi, a presente edição de A revolução dos bichos conta também com um ensaio sobre a vida e obra do autor, um guia de estudos e três ensaios de George Orwell: “Prefácio da edição ucraniana”, “Liberdade de imprensa” e “Por que escrevo”.
George Orwell, pseudônimo de Eric Arthur Blair (1903–1950), foi um romancista, ensaísta e crítico inglês. Nascido em Motihari (Índia), filho de um funcionário da administração britânica do comércio de ópio em Bihar, estudou em colégios tradicionais na Inglaterra. De 1922 a 1927, serviu à Polícia Imperial Indiana na Birmânia. Em seguida, viveu em Paris e Londres, lutando não só para se tornar um escritor, mas também contra problemas econômicos e de saúde. Dessas experiências surgiram seus primeiros livros: Na penúria em Paris e em Londres (1933), Dias na Birmânia (1934), A filha do reverendo (1935) e A flor da Inglaterra (1936). A partir de sua experiência na Catalunha, durante a Guerra Civil Espanhola, Orwell escreveu O caminho para Wigan Pier (1937), Homenagem à Catalunha (1938) e suas duas grandes obras: A revolução dos bichos (1945) e 1984 (1948). Morreu em 1950 de tuberculose, aos 46 anos de idade.
Tradução: Pedro Mohallem