Numa manhã de primavera, em 1979, o sexagenário padre Ariel Enhorabuena desembarca em Paso de los Libres, cidade argentina na fronteira com o Brasil, para identificar um corpo encontrado às margens do Rio Uruguai. De acordo com o comissário de polícia, tudo indica se tratar do jesuíta argentino Carlos Arturo Buenaventura, que há alguns meses fora ao Sul do Brasil fazer investigações arqueológicas que tanto interessavam a Enhorabuena. Essas pesquisas buscavam encontrar vestígios do antigo conservatório musical de Japeju, fundado no século XVII por missionários jesuítas e completamente destruído pelos bandeirantes. Ao reconhecer o corpo do jovem Buenaventura, Enahorabuena se vê compelido a ir ao Brasil, mais especificamente para Eldorado - tanto para recolher os pertences e documentos de pesquisa de seu colega quanto para informar o bispo da cidade sobre esse terrível acontecimento. O que Enhorabuena não sabe, porém, é que essa ida ao país vizinho lhe proporcionará estranhos encontros e revelações. Depois de cruzar a fronteira dos dois países pelo Rio Uruguai (chamado de Rio Japeju por alguns argentinos da região) e chegar a Eldorado, ele se depara com muita gente esquisita que acredita nas mais absurdas lendas e superstições - e também com um curandeiro argentino que, segundo dizem, ganha uma fortuna ao tratar dos doentes. Quando o jesuíta percebe que Eldorado não é uma cidade como as outras, já é tarde demais. E ele mal podia imaginar que seria tão difícil voltar à Argentina.