Pensar a União Europeia é um desafio complexo. Para muitos, é estudar um modelo de integração regional, compreender a trajetória da paz sobre a guerra, que levou um continente desunido e marcado pelas tragédias humanitárias a unir-se em torno de ideais conjuntos de solidariedade e prosperidade econômica. Para outros, é compreender a verdadeira Europa: a das desigualdades, da pobreza e da exclusão, uma Europa que se polariza entre as grandes nações da integração Alemanha e França e os vulneráveis PIIGS (Portugal, Itália, Irlanda, Espanha, Grécia), enquanto os ingleses se mantém à margem. Afinal, o que é, e quem é a União Europeia? Existe uma Europa como ator internacional ou mesmo em de suas fronteiras continentais? Estas fronteiras não deveriam desaparecer por meio de tratados políticos, econômicos e uma cultura comum? Será que estamos diante de um bloco real? Ou apenas uma construção artificial de contradições e fragilidades escondidas, que explodiram com a crise do EURO? Quer a União Europeia ainda ser uma União, ou a Europa estará melhor sem ela? A construção da União Europeia e o estudo de sua trajetória teórica e histórica é um dos temas mais conhecidos das Relações Internacionais. Porém, é possível ir além e analisar o bloco como um ator contemporâneo da política mundial, destacando suas forças e contradições. Organizado em cinco capítulos, este livro apresenta uma abordagem ampliada sobre a crise e os desafios europeus atuais, para que se busque compreender de onde veio, mas, principalmente, para onde vai, o bloco: "A Trajetória Histórica (1945/1986)", "A Integração e o Fim da Guerra Fria (1986/1997)", "A Encruzilhada do Século XXI", "As Relações Internacionais da União Europeia" e "A União Europeia Global: Os Emergentes e o Multilateralismo".