O livro apresenta, a partir da análise do desenvolvimento da Vegetoterapia, quais são os elementos fundamentais para o estabelecimento de uma terapia corporal conforme descrita por Wilhelm Reich. O livro faz uma análise do desenvolvimento do trabalho de Wilhelm Reich chamado economia sexual. Partindo do conhecimento da sexualidade da época, das grandes descobertas da Psicanálise e de Freud a respeito da libido e do inconsciente, Reich aprofundou suas pesquisas na compreensão das manifestações somáticas dos distúrbios psíquicos. Assim, pôde compreender a insatisfação das massas e a impotência orgástica – que está na base do funcionamento neurótico. Ciente de que trabalhar com esse assunto geraria muitas reações negativas, desenvolveu inúmeras pesquisas e experimentos em grandes laboratórios científicos à época, a fim de encontrar as bases orgânicas para os sintomas que encontrava nos pacientes. Mesmo mantendo um rigor científico no desenvolvimento da sua teoria e da técnica terapêutica – Vegetoterapia –, Reich passou a ser perseguido e atacado por meio de calúnias e difamações. Curiosamente, sua teoria nunca foi atacada ou refutada: o alvo dos ataques era sempre a vida pessoal e a própria pessoa de Reich. Após sua morte, grande parte de sua pesquisa e de escritos foi destruída. Muitos dos que estavam com ele seguiram desenvolvendo suas próprias teorias e técnicas de trabalho. E quase cem anos depois dos primeiros escritos reichianos sobre a economia sexual, após tantas transformações na sociedade, como essas teorias e técnicas seguem sendo válidas e potentes? Como uma prática clínica pode ser também uma prática política? Como compreender o trabalho reichiano no contexto do Brasil no início da década de 2020?