As emoções que habitam dentro de nós tornam-nos humanos. Confiar no que sentimos não significa que somos frágeis ou instáveis, mas vivos, abertos à experiência e prontos para nos maravilhar com o mundo. Quantas vezes nos forçamos a reprimir uma emoção? Nós o fazemos porque nos envergonhamos do olhar do outro. Ou porque estamos acostumados a desconfiar das emoções, analfabetos no discurso emocional. E, no entanto, é justamente o que sentimos que nos permite conhecer o mundo. Cada uma das emoções que experimentamos tem uma história: a história de todas as pessoas que a experimentaram, expressaram, cantaram, revelaram, estudaram. Uma história de vida secreta e de metamorfoses, ligada à filosofia, que construiu paradigmas de observação e de estudo; mas também ligada à literatura e à poesia.
Este livro é uma viagem emocional em etapas: reconstruindo as vicissitudes das palavras com as quais expressamos nossos estados de espírito, ele traça, pouco a pouco, um autorretrato — fragmentado, imperfeito. Porque em nosso ser vulnerável somos todos semelhantes; e reconhecermo-nos emotivos significa tomar consciência de que temos necessidades, e que precisamente tais necessidades nos tornam humanos.