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Sinopse
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Para alguns, este livro servirá de ponto de partida para entender como foi possível que um único sistema agroalimentar se espalhasse física e ideologicamente pelo planeta. Para outros, será um ponto de interrogação: por que cultivos que não alimentam seguem se expandindo ano após ano — e, pior, contando com uma profunda complacência diante da promessa eternamente renovada de que a solução para o problema da fome está finalmente a caminho? No Brasil, a soja, esse grão exótico que nenhum de nós come, é o vetor de uma guerra cultural chamada agronegócio. É o micro-organismo que une a febre do latifundiário dos Pampas com a do grileiro de Santarém, no Pará; do cantor sertanejo ao dono do frigorífico; do prefeito no interior de Mato Grosso ao desembargador no litoral da Bahia. Por debaixo de colheitadeiras e biotecnologia, por debaixo da face tech, o recurso didático é o mesmo de sempre: a pólvora. É o colonialismo na forma de venenos que os europeus já não querem e do mito da agricultura de precisão, que imprecisa e violentamente fumiga os vizinhos dos latifúndios, adoecendo o corpo e afetando a mente. Junto com o casco do boi, a soja transgênica expulsa o Guarani e o Kaingang no Sul, o beiradeiro da Amazônia e os geraizeiros no Cerrado. A onça, a sucuri e a capivara. O arroz, o feijão e a mandioca. Expulsa, violentamente, a crítica — inclusive a de Larissa, obrigada a se mudar para a Bélgica após uma série de episódios traumáticos. Quando tudo já era suficientemente trágico, eis que o agronegócio e o mercado financeiro encontraram no bolsonarismo o ponto de equilíbrio entre a febre da acumulação primitiva e a destruição do planeta. Desse encontro nasceram o dinheiro e a estrutura necessários para dar ritmo de progressão geométrica à expansão da soja, que ameaça se tornar a primeira cultura agrícola a reinar do extremo sul ao extremo norte do país. O futuro não está nas páginas do livro de Larissa: é ao presente que ela nos convida. É à urgência de um fim de mundo que se apresenta voraz. A pesquisadora reflete sobre a perseguição à cultura camponesa — e especialmente às mulheres — e nos convida a entender por que os conhecimentos acumulados ao longo de séculos são a única esperança de nos salvarmos do capitalismo.
— João Peres, na orelha
Ficha Técnica
Especificações
ISBN | 9786560080225 |
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Pré venda | Não |
Peso | 213g |
Autor para link | BOMBARDI LARISSA MIES |
Livro disponível - pronta entrega | Sim |
Dimensões | 18 x 13 x 0.56 |
Idioma | Português |
Tipo item | Livro Nacional |
Número de páginas | 112 |
Número da edição | 1ª EDIÇÃO - 2023 |
Código Interno | 1068892 |
Código de barras | 9786560080225 |
Acabamento | BROCHURA |
Autor | BOMBARDI, LARISSA MIES |
Editora | ELEFANTE EDITORA |
Sob encomenda | Não |