Já se escreveu que navegar é preciso, mas nas páginas dessa história além de ser possível ou sonhável, era mesmo obrigatório partir, deixando-se o grande amor de sua vida para trás.
Essa narrativa se ocupa do compromisso de contar histórias de personagens que em um dia bem distante tiveram que sair de um país para viver em um outro continente, do outro lado do mundo, e para isso viveram o dia inesquecível do adeus, com todos os símbolos do “fio da despedida”.
Mas afinal, como é que se desenrola esse fio?
Não importe quanto demore, um dia haverá uma despedida na vida de cada um de nós, o inefável adeus. Por isso, é permitido chorar inteiramente o coração, só havendo uma única exigência: que ele continue inteiro. Despedidas, na grande maioria das vezes, não costumam ser fáceis, apesar de inevitáveis.
No fundo, a vida se resume a essas mesmas estações simples: partidas e chegadas, ou chegadas e partidas, pouco importa a ordem. Estamos sempre indo ou vindo de algum lugar ou para alguma coisa. Tantas são as necessidades que podem motivar o gesto do adeus. Aqui, do lado de cá, estão os viajantes que embarcaram em um navio a vapor para uma terra desconhecida aos olhos. Eles seguravam em suas mãos uma das pontas de um barbante esticado, carregando entre tantos sentimentos, a esperança de melhores dias. A família, os amigos, os amores, aqueles que ficavam em terra, ou seja, os que não iam partir na aventura
da viagem, agarravam a outra ponta do fio.
Assim, por tantos motivos, não deixe nada para depois, um pedaço da sua história pessoal já aconteceu, mas ela não é capaz de ser repetida. Seja por você, por todos os seus ancestrais, ainda dá tempo de contemplar o sol que se abriu agora. Pode ser que contando novas histórias os “fios da despedida” partidos se toquem novamente, se reatem para te salvar de si mesmo.
Assim, ninguém quer deixar que sua história simplesmente seja apagada...