Eric tinha tudo: uma carreira de ascensão meteórica no ramo da publicidade, uma bela esposa e um apartamento magnífico no bairro mais cosmopolita da cidade. No entanto, seu passado ambíguo não estava tão distante como havia imaginado. Quando Nicholas, seu antigo chefe, bate em sua porta à procura de um último favor em memória dos velhos tempos, sua vida é virada de cabeça para baixo.Amberville, seu mundo, é habitado por seres que, a despeito de serem bichos de pelúcia, são tão humanos quanto a mais humana das virtudes ou vícios: trabalham, trapaceiam, casam-se, traem, viciam-se em drogas, pagam por sexo, odeiam, roubam, envelhecem... e amam.Nicholas Pombo, o chefão do crime para o qual Eric trabalhava quando era apenas um urso adolescente e rebelde, descobriu que seu nome consta na tão desacreditada Lista da Morte, a lista que define quais bichos de pelúcia devem ser levados pelos Choferes. A ameaça de Pombo é clara: se o urso não conseguir salvá-lo, sua esposa, Emma Coelho, será feita em pedaços. Com a ajuda de seus antigos parceiros de boemia, um corvo traumatizado que trocou a vida do crime por um plácido emprego no departamento de corte e costura de uma loja de shopping; uma gazela viciada em pílulas suspeitas e, não se sabe ao certo, michê sadomasoquista; e uma cobra burocrata corrupta, responsável pelo orçamento da pasta de cultura da cidade, Eric precisa correr contra o tempo, vasculhando cada um dos bairros de Mollisan Town para encontrar pistas que o ajudem a solucionar esse mistério. Se os bichos de pelúcia levados pelos Choferes não são escolhidos aleatoriamente, e a Lista da Morte não é apenas um mito, quem, então, é responsável por ela? E como é possível salvar alguém dessa sentença?Com um aceno para o noir e para as mais argutas alegorias, já foi definido como uma mistura de O sono eterno, de Raymond Chandler, com A revolução dos bichos, de George Orwell, Amberville - A lista da Morte apresenta um envolvente mundo alternativo que reflete nossas próprias realidades e dilemas morais, lançando uma crítica à visão que opõe de maneira simplista o bem e o mal, o certo e o errado. Em Amberville, nada é apenas preto e branco.