O eminente jurista napolitano Dom Buscatti (1898-1970), ao, analisar a sentença arbitral do Rei Vítor Emanuel III (1869-1947), asseverou ser necessária uma reavaliação da Questão do Rio Pirata, cujo mote eram as querelas entre a Grã-Bretanha e os Estados Unidos do Brasil. Na década de 1940, Walter Elias Disney (1901-1966), um aficionado pela cultura luso-brasileira, encantou-se pela natureza virgem das praias do Rio de Janeiro e * % se deparou, na biblioteca do Hotel Copacabana Palace, com os escritos de Buscatti. À época, o cineasta norte-americano mantinha um relacionamento secreto com o tenente-coronel James Baxter (1903-1964) e decidiu o presentear com a obra do escritor italiano. A última flor do Lácio, o português é uma língua encantadora. Não demorou muito para que Baxter, inspirado pelo termo “Rio Pirata”, decidisse criar uma franquia de filmes de nome “Piratas do Caribe”, traduzido posteriormente para “Pirates of The Caribbean”. Originariamente, os filmes deveriam ser em português, mas os produtores hollywoodianos acreditavam que o público estadunidense não se adaptaria às legendas. Como a história original envolvia o Brasil e a Inglaterra, optou-se pelo uso do inglês britânico durante todo o longa – finalizado somente em 2003. Essa história, repleta de intrigas e reviravoltas, é agora revisitada por Vinicius Monteiro Caetano (autor de “Uma breve história da cinematografia nacional”). O leitor tem a oportunidade de conhecer a origem de uma das maiores franquias do cinema mundial, sob a prosa séria e ágil de um dos mais influentes escritores de nosso tempo.