O livro mostra, de forma leve, como as perguntas formuladas pelas crianças podem ser muito importantes, e até divertidas. Poucas formas de cerceamento conseguem ser mais cruéis e injustificáveis do que quando um adulto diz para uma criança: “Pare de fazer tanta pergunta!”, ou “É porque é, e pare com esse interrogatório!”.
Muitas pessoas ainda esquecem que todo o nosso conhecimento avança movido pela capacidade de perguntar. Sem os questionamentos, toda a ciência que conhecemos e toda a tecnologia que nos rodeia não existiriam! Esses questionamentos podem não apenas alimentar nossa capacidade de reflexão (às vezes, um pouco enferrujada), mas também estimular a curiosidade e a sede de saber, que podem estruturar o desenvolvimento da nova geração.
Neste texto, que Ana Márcia e eu escrevemos com muito carinho e respeito às perguntas de nosso pequeno Andrezinho, os pais procuram responder às perguntas do menino, buscando não frustrar a sua curiosidade. Quando as perguntas se mostram mais complicadas, eles perguntam a pesquisadores, que ajudam a dirimir as dúvidas. Isso mostra a importância de estimular nossos “pequenos cientistas”, lembrando que a família é nossa primeira escola. Eles ostentam a vibrante curiosidade pueril, enquanto a nossa vai ficando “poeiril”… Precisamos tirar a poeira e rejuvenescer o pensar! Grandes cientistas pensam como crianças, sempre perguntando com vitalidade! Estas páginas são um convite desafiador para que pais, avós, tios, professores (profissionais e amadores) etc. estimulem e jamais permitam a repressão da curiosidade infantil, e até viajem nesta aventura do nosso conhecimento, pois tudo na vida é aprendizado e podemos enriquecer nossas mentes a cada minuto em que observamos o mundo ao nosso redor, questionando sempre.
Os cientistas precisam encontrar a linguagem adequada para falar ao público (estamos tentando…), pois esse também tem direito ao conhecimento, sem o qual o cidadão não pode realizar opções embasadas, que são necessárias par