“Aos homens que não amo mais" é uma coletânea apaixonada de poemas aos vultos dos amores do autor. Com linguagem ácida e afiada, o livro é sexy, ousado e subverte as noções de amor romântico investindo na hipérbole da indiferença, na transitoriedade do amor e na durabilidade insistente da saudade como uma distorção do que foi. Nesse livro o romantismo é carnal e o sentimento um espiral como começo e fim que embora morra no beijo, sobrevive no papel. Gleiton Matheus Bonfante é linguista, poeta, educador e pesquisador. Bacharel em Linguística formado pela Unicamp. Mestre (2015) e Doutor (2020) em Linguística Aplicada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Suas áreas de interesse são: discurso e mídias digitais, estilização e construção semiótica do corpo e as relações entre linguagem, desejo e afeto. Publicou em 2016 Erótica dos Signos em Aplicativos de Pegação, pela Editora Multifoco. Sua escrita literária revisita as lembranças e vestígios de amores passados para queerizar o próprio conceito de amar. “A língua de Bonfante é terrorismo poético, diria Barthes (1990), tanto pela sua violência metonímica quanto pela sua capacidade de justapor, em um mesmo sintagma, fragmentos pertencentes a esferas da linguagem que estão hegemonicamente separados por tabus sociomorais. Putas e anjos, igreja e pornografia, formas canônicas e orgias, intertextualidade e deboche, tudo se transforma em poesia. Bonfante rima como se arrotasse, faz poesia como quem faz chuca.” Helder Thiago Maia, doutor em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense, Mestre em Literatura Hispano-Americana pela mesma universidade e Autor dos livros: O Devir Darkroom e a Literatura Hispano-Americana (2014) e Cine[mão]: espaços e subjetividades darkroom (2018).