O psicanalista, articulista e poeta Hélio Pellegrino, referência da vida política e cultural brasileira entre os anos 60 e 80, completaria 80 anos em janeiro de 2004. Este livro segue o modelo do volume em homenagem a Vinícius e reúne, em uma pasta, uma série de fac-símiles relativos à vida e obra do médico, que morreu em 1988, aos 64 anos, vítima de um enfarto. Entre os objetos reunidos por Lélia Coelho Frota, idealizadora da coleção, estão fotografias, poemas, pinturas e cartas, entre outros, que procuram aproximar o leitor de Hélio Pellegrino, fornecendo um panorama geral das realizações de Hélio na sociedade brasileira e procurando aumentar o interesse do público por sua obra. Uma das pérolas do 'Arquivinho Hélio Pellegrino' são os oito poemas extraídos de "O Livro da Amiga", livro que Hélio Pellegrino enviou a Otto Lara Resende em 1947. São 42 poemas, até hoje inéditos, inspirados em Maria Urbana Pentagna Guimarães, com quem Hélio foi casado por mais de 20 anos e teve seus sete filhos. A pasta traz também uma biografia resumida do psicanalista, escrita pelo jornalista Paulo Roberto Pires. Outro livrinho, escrito pela neta mais velha, Antonia Pellegrino traz a cronologia da vida do psicanalista, com os seus principais momentos; a formatura na faculdade, o casamento com Maria Urbana, o nascimento dos sete filhos, a participação em movimentos contra a ditadura militar, etc. Há reproduções de um retrato do psicanalista, pintado por Mary Vieira em 1947, e de Maria Urbana, óleo sobre tela de Guignard, também de 1947. Ainda na arte, o Arquivinho traz um trecho de "Abençoada esquizofrenia", texto de Hélio Pellegrino sobre Fernando Diniz, e uma pintura de Diniz, do acervo do Museu do Inconsciente.