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Sinopse
O mercado, porém, logo revela seus problemas e outra vez se pensa no Estado como solução, numa outra chave, aquela que pede à arte para ocupar-se menos com suas questões próprias e mais com seus aspectos extrínsecos (a arte pelo social, a arte pelo turismo, a arte pelo desenvolvimento econômico). Esses novos “mercados sociais” pautados pelo Estado estão longe de resolver a questão: os artistas ainda ganham mal e continuam tendo de curvar-se à política ou ao marketing econômico.
Os meios artísticos não gostam da economia, escreve Xavier Greffe no início deste livro. Poderia ter dito também que os meios artísticos (e culturais) recusam a ideia de que a arte (ou a cultura) seja pensada em termos de economia e, menos ainda, submetida ao sistema econômico.
Não aceitam tampouco que a lógica econômica esclareça aspectos centrais das atividades artísticas. O grande medo por trás dessas recusas é que a economia, disciplina imperialista como ele diz, possa impor à arte seus valores e princípios.O problema, porém, é que a arte não escapa da dimensão econômica. Não só hoje como, para não ir mais longe, na Renascença, quando o preço mais alto de certos pigmentos, como o azul, determinava a combinação de cores de uma pintura muito mais e para muito além de considerações estritamente estéticas.
A arte buscou durante muito tempo sua autonomia – diante da religião e, depois, do Estado. O mercado foi a grande alternativa, sobretudo depois que, graças a ele, os artistas puderam dispensar até mesmo as encomendas específicas que recebiam dos compradores particulares e passar a criar o que bem entendessem, cabendo ao mercado, num segundo momento, comprar ou não o que haviam feito.
Cada uma dessas etapas de liberação tem seu valor e seu preço econômicos. Neste estudo, Xavier Greffe põe em evidência os encantos e desencantos do artista diante das diferentes esferas das quais dependeu e depende. Uma parte importante de seu livro é dedicada às relações da arte com a economia de mercado e outra, às tendências observadas hoje de levar a arte a ocupar-se mais de seus efeitos sociais e econômicos – manifestados em temas como a inclusão social, o atendimento das exigências do turismo e as necessidades do desenvolvimento econômico em geral – do que de suas questões intrínsecas. Se a arte esteve antes subjugada aos interesses dos outros – Igreja, Estado, política –, sua situação atual, pelo menos nos países subdesenvolvidos, não é muito melhor. Conhecer o sistema econômico da arte é o primeiro passo para colocá-la em condição de atender realmente não apenas aos direitos culturais, que hoje se reconhecem, como a seus próprios direitos específicos.
Xavier Greffe é professor da Université de Paris I – Sorbonne, economista da cultura e colaborador frequente da Unesco e da União Europeia, além de docente convidado pelo Observatório Itaú Cultural para o curso de especialização em gestão e política cultural.
Teixeira Coelho
Ficha Técnica
Especificações
ISBN | 9788573214147 |
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Tradutor para link | GOLDBERGER ANA |
Pré venda | Não |
Biografia do autor | Xavier Greffe é professor de economia na Université Paris 1, onde preside o programa de pós-graduação em economia das artes. É professor associado no National Graduate Institute for Public Policies, em Tóquio, Japão, e professor adjunto no Auckland Institute of Technology, na Nova Zelândia. |
Peso | 498g |
Autor para link | GREFFE XAVIER |
Livro disponível - pronta entrega | Sim |
Dimensões | 23 x 16 x 1.9 |
Idioma | Português |
Tipo item | Livro Nacional |
Número de páginas | 359 |
Número da edição | 1ª EDIÇÃO - 2013 |
Código Interno | 715588 |
Código de barras | 9788573214147 |
Acabamento | BROCHURA |
Autor | GREFFE, XAVIER |
Editora | ILUMINURAS |
Sob encomenda | Não |
Tradutor | GOLDBERGER, ANA |