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    AS AVENTURAS DE NHÔ QUIM

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    Sinopse

    O encontro do interiorano com a Corte era fonte infindável de pilhérias no Brasil do século XIX. No teatro de Martins Pena, por exemplo. Em
    O juiz de paz da roça
    , José quer seduzir Aninha, carregá-la consigo para a cidade, logo fala muito do “que é que há lá tão bonito”: três teatros, homem que vira macaco, mágica com muito maquinismo, cosmorama na rua do Ouvidor, cabrito com duas cabeças, porco com cinco pernas.

    O caiporismo também marcava presença naquele tempo. Como na literatura de Machado de Assis, nada menos. Num conto, “Último capítulo”, o protagonista e narrador da estória define o caipora — ele próprio — como o sujeito que, ao cair de costas, consegue quebrar o próprio nariz! Para saber como, vá ler o conto, que está em
    Histórias sem data
    , pois vale muito a pena.

    Nhô Quim é ao mesmo tempo roceiro e azarado. Jovem de vinte anos, filho “de gente rica porém honrada”, vai parar na Corte porque o pai não aprova o seu namoro com donzela virtuosa mas sem vintém. Está criado o entrecho para as situações embaraçosas e chistes sem fim de
    As aventuras de Nhô Quim, ou impressões de uma viagem à Corte
    . Veem-se as imagens com aquela sensação de dó da vergonha alheia, pobre Nhô Quim, que perde o trem, sai à rua de saia, não acha mais o moleque que lhe devia servir, vira capanga eleitoral.

    A graça das imagens, a aparente falta de pretensão de tudo, é uma janela ímpar para a observação da cultura e da sociedade do Brasil imperial. A “gente rica” não parece honrada, apega-se à escravidão, corrompe eleições, há espertalhões por toda parte. O posfácio de Marcelo Balaban e Aline dell’Orto oferece um panorama primoroso da arte das publicações ilustradas no Brasil oitocentista. O caiporismo de Nhô Quim é a sorte grande de seus leitores. (Sidney Chalhoub)

    Ficha Técnica

    Especificações

    ISBN9786580341320
    SubtítuloOU IMPRESSÕES DE UMA VIAGEM À CORTE: ROMANCE ILUSTRADO
    Pré vendaNão
    Organizador para link
    Biografia do autorItaliano da cidade de Vercelli, Angelo Agostini (1843-1910) chegou ao Brasil em 1860, depois de formação artística na França. Foi o primeiro caricaturista importante de São Paulo, onde trabalhou nos periódicos ilustrados Diabo Coxo e O Cabrião. Em 1867, mudou-se para o Rio de Janeiro, então sede do Império, onde colaborou com diversas publicações. Em 1876 fundou a Revista Illustrada, iniciativa que duraria quinze anos, nela difundindo suas sátiras e caricaturas. Em 1895, o artista criou o periódico Don Quixote, onde continuou a publicar seus desenhos satíricos. É considerado um precursor dos quadrinhos.
    Peso285g
    Autor para link
    Livro disponível - pronta entregaSim
    Dimensões21 x 15 x 1.31
    IdiomaPortuguês
    Tipo itemLivro Nacional
    Número de páginas200
    Número da edição1ª EDIÇÃO - 2024
    Código Interno1108023
    Código de barras9786580341320
    AcabamentoBROCHURA
    AutorAGOSTINI, ANGELO | FARIA, CÂNDIDO ARAGONEZ DE
    EditoraCHÃO
    Sob encomendaNão
    OrganizadorBALABAN, MARCELO | DELL ORTO, ALINE

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