No terceiro livro de sua trilogia de livros juvenis, iniciada com A mocinha do Mercado Central, a escritora Stella Maris Rezende lança As gêmeas da família, em que conta a história das trigêmeas idênticas Verdança, Azulfé e Rosade. Apenas a voz e a expressão do rosto as distinguem, além das cores das roupas que, por associação, ajudaram a formar os apelidos de cada uma. Por promessa da mãe, até completarem 18 anos de idade, a festiva Maria da Esperança precisa se vestir de verde, a serena Maria da Fé só pode usar azul, e a séria Maria da Caridade tem de se contentar com um figurino exclusivamente cor-de-rosa.
Adolescentes dos anos 1960 no interior de Minas Gerais, as três garotas compartilham a frustração de não arranjar namorado e a paixão pela cantora pop italiana Rita Pavone – além de uma suposta maldição que paira há gerações sobre todas as mulheres gêmeas da família.
Em As gêmeas da família Stella Maris conta o mirabolante plano das meninas de viajar às escondidas ao Rio de Janeiro para conhecer Rita Pavone em pessoa a partir de originais pontos de vista: objetos inanimados, animais de estimação e até elementos da natureza se alternam no papel de narradores testemunhais das desventuras de Verdança, Azulfé e Rosade. A viagem conduz o trio por uma trajetória de descobertas (de si mesmas, da relação entre elas, da afetividade com a mãe) e de amadurecimento pessoal, tendo como pano de fundo um Brasil recém-mergulhado na ditadura militar.
As ilustrações de Weberson Santiago acompanham a narrativa. As gêmeas da família traz também texto de apresentação assinado pela própria Rita Pavone, que acaba de completar 50 anos de carreira. O escritor Luiz Ruffato assina o texto de orelha e o vencedor do Prêmio Jabuti de Melhor Livro Infantil 2012, Biagio D’Angelo, assina a contracapa.