Por toda a Europa espalha-se a tentação, inspirada no modelo americano, de buscar apoio nas instituições policial e penitenciária para conter as desordens geradas pelo desemprego em massa, pela imposição do trabalho assalariado precário e pela retração da proteção salarial. E, por toda a América Latina, os políticos importam as técnicas agressivas de segurança "made in USA", entre elas a da "tolerância zero", como solução mágica para o problema crucial da violência criminal. Mas esta opção, que vai na direção contrária da consolidação de uma sociedade democrática, significaria (r)estabelecer uma verdadeira ditadura sobre os pobres.
Ao conectar questão criminal e questão social, As prisões da miséria, publicado em 13 línguas, revoluciona os termos do debate sobre violência, justiça, política e prisões no Brasil e no mundo. Inclui prefácio do autor à edição brasileira.
"As prisões da miséria mostra com talento como a desregulamentação da economia e a destruição do Estado social acarretam e exigem por toda parte o súbito fortalecimento do Estado policial e penal. Um livro capital para diagnosticar ? e conter ? a revolução neoliberal que redesenha a face do mundo."
- Pierre Bourdieu