Neste novo trabalho, Alex Simões nos traz um conjunto de poemas intrigante em vários níveis poéticos, com acenos a diversas referências dos nossos tempos e do trajeto do poeta, intercalando fios e narrativas contemporâneas e brincando com formas com sutileza e fluidez, como sinaliza Daniel Minchoni na orelha do livro:
"como é bonita a poesia que se apresenta visual sem querer ser. tem vários belos retratos da linguagem nas esquinas dos poemas. teje ligeire, pessoe. sapiência performativa. desenho na página, nas lacunas. poderia me ater a florear pra explicar como se dá na técnica. mas quem não pode, não carrega". – Daniel Minchoni.
O livro também traz um posfácio do poeta, curador e músico João Bandeira, que aponta:
"O que pode a poesia diante da alucinação pandêmica, sabendo ao mesmo tempo manter algum espaço ao largo do que ela põe na desordem do dia? Desde o poema que lhe dá título e bem além dele, o novo livro de Alex Simões tem o que dizer também sobre isso.
Sobretudo porque trata-se de um poeta que, a partir do seu “canto qualquer / do tamanho do mundo”, está sempre atento aos acontecimentos do entorno próximo e do distante – como se vê em seus livros anteriores ou nos escritos que ele costuma colher fotograficamente nas ruas. Mas que está igualmente ligado no mais íntimo que um poema alcança, na medida mesma em que é realizado". (…) – João Bandeira.
Sobre o autor:
Alex Simões_nasceu em Salvador, Bahia, em 1973. É poeta e performer. Publicou quarenta e uns sonetos catados (2013), (hai)céufies (2014), Contrassonetos (2015), trans formas são (2018) e no meu corpo o canto: #experimentoscomletrasurbanas (2020), este último em coautoria com a Tanto Criações Compartilhadas. Tem poemas em antologias, coletâneas, e revistas nacionais e internacionais, com poemas traduzidos para o espanhol e o inglês. Participa de saraus, festivais literários e eventos multilinguagens na Bahia e fora dela desde os anos 90. Entre as andanças, participou como convidado do recital R