ATLAS GEOCULTURAL DA ÁFRICA

O estilo narrativo do Atlas Geocultural da África adequa-se à modelagem de um almanaque. O seu formato de comunicabilidade procura a abertura para um diálogo propositivo com os leitores. Cabe ressaltar que se reconhecem as expectativas em se expandirem as informações apresentadas e as limitações instadas às restrições de quantidade de linhas e páginas no livro. Também se admite a possibilidade da percepção de ausência de complementação de informações que o leitor considere essenciais a alguns dos países. Com o propósito de tentar sanar essa ausência nas próximas edições, em dinâmica de revisões, oportunidades de parcerias, os editores abrem um canal de comunicação através da homepage www.africaatual.com.br, em seu formulário de contato e sugestões, ou através de mensagem a sugestao@africaatual.com.br. Essas colaborações seguramente enriquecerão o conceito da qualidade informativa deste projeto.
" Odair Marques da Silva"

Aonde estamos, de onde viemos e para onde vamos? Estamos no Brasil - oficialmente República Federativa do brasil. O maior país região da América Latina, sendo o quinto maior do mundo em área territorial, equivalente a 47,3% do território sul-americano e o sexto em população mundial, com mais de 211 milhões de habitantes. É o segundo país mais rico da América e o único onde se fala majoritariamente a língua portuguesa, fazendo dele o maior país lusófono do planeta, além de ser uma das nações mais multiculturais e etnicamente diversas, em decorrência da forte imigração oriunda de variados locais do mundo. Sua atual Constituição, promulgada em 1988, concebe o Brasil como uma república federativa presidencialista, formada pela união dos 26 estados, do Distrito Federal e dos 5 570 municípios.
De acordo com o IBGE, em projeções atualizadas 56,1% dos brasileiros se declaram negros, grupo que reúne os autodeclarados pretos e pardos (119 milhões). A população afro-brasileira é a maior fora do continente africano, sendo superado apenas pela Nigéria, com 196 milhões de habitantes.
A África é o segundo maior e o segundo continente mais populoso do mundo, depois da Ásia em ambos os casos. Com cerca de 30,3 milhões de km², incluindo ilhas adjacentes, cobre 6% da área total da superfície da Terra e 20% de sua área terrestre. Com 1,3 bilhão de pessoas em 2018, era responsável por cerca de 16% da população humana mundial. A população média da África é a mais jovem entre todos os continentes, a mediana da idade em 2012 era de 19,7, quando a mediana mundial era de 30,4.
As primeiras civilizações humanas, como o Egito Antigo e a Fenícia, surgiram no norte da África. Somos descendentes do povo mais antigo do mundo. A humanidade descende do Homo Sapiens moderno que evoluiu há 350 mil anos em Jebhel Irhoud, no atual Marrocos; a primeira mulher e o primeiro homem eram pretos.A base de todo o conhecimento humano vem da África, e a civilização se origina neste continente berço da humanidade. As primeiras ferramentas, a invenção do fogo, a tecelagem, a estética, a fala, o ensino, escrita, matemática, química, filosofia, espiritualidade, metalurgia, medicina, urbanização, engenharia, astronomia, farmácia, agricultura, pecuária e ciências sociais deram seus primeiros passos no velho continente e foram copiados por diversos povos, entre eles os gregos e romanos.
O Atlas Geocultural da África: um olhar brasileiro do professor Doutor Odair Marques da Silva se inclui nesse trabalho de mostrar um continente ainda pouco conhecido devido à forte influência eurocêntrica nos meios de comunicação e educação.
Kujichagulia é um princípio africano originário da língua suaíli, inserido na filosofia Nguzo Saba (Os 7 princípios) criado pelo filósofo africano-estadunidense Maulana Karenga (Maulana em suaíli significa “professor mestre” e Karenga significa “guardião da tradição”), o criador do feriado Kwanzaa em 1966, que significa autodeterminação - para nos definirmos, nos nomearmos, criarmos para nós mesmos e falarmos por nós mesmos; e Odair Silva faz isso com maestria nessa obra que nos traz um novo olhar de esperança para o berço da humanidade.
" Carlos Eduardo Dias Machado"