Audiovisual ao vivo: tendências e conceitos apresenta os passados remotos e as tendências recentes das práticas audiovisuais em tempo real. Estruturado em três capítulos, este volume traz ao leitor brasileiro singular leitura de eventos e objetos ainda não sistematizados em nossa literatura, apresentando as principais tendências e os conceitos centrais para o entendimento dos repertórios, práticas e pensamentos sobre as articulações ao vivo entre imagem e som. Athanasius Kircher, Arcimboldo, Louis-Bertrand Castel, Alexander Scriabin, Léopold Sauvage, Alexander László, Mary Hallock-Greenewalt, Oskar Fishinger e Thomas Wilfred são alguns dos inventores de projetos, aparelhos ou obras presentes no primeiro capítulo. Sua produção mostra como os atuais eventos com música, imagens e cores tem sido perseguidos a alguns séculos. Nos dois capítulos seguintes, há uma ênfase em realizadores e experimentos brasileiros. As artes visuais, a poesia, a música, o cinema, o vídeo, a televisão, o teatro e a performance tratados em suas intersecções processuais vislumbram a ruptura de hierarquias entre a cultura de massa e a arte erudita. O leitor irá se deparar com formas expressivas como o VJ e artistas consagrados como Glauber Rocha e Augusto de Campos, entre outros. Foram privilegiados realizadores pouco frequentes na literatura da área, ou conhecidos por sua vinculação a campos de criação específico. Além de percorrer realizadores e processos, o livro apresenta conceitos relacionados aos eventos estudados. O que pretendia ser uma espécie de arqueologia das linguagens ao vivo, seguida de discussão sobre as formas como elas se consolidaram no Brasil sofreu modificações. O turbilhão dos fatos experimentados pela humanidade em 2020, com a situação de confinamento e a impossibilidade de encontro em presença física, coloca esta publicação como uma espécie de repositório com tudo o que você queria saber sobre a cultura das lives, mas não tinha coragem de perguntar.