A avaliação, que – a partir da década de 1960 – passou a receber maior espaço nas discussões das políticas educacionais, chegou aos anos de 1990 sob sistemas que consideraram variados aspectos e agentes no processo educativo. Entre eles, têm-se a Avaliação Nacional da Educação Básica (Aneb), a Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Anresc) (Prova Brasil) e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES). No contexto desses sistemas, os autores de “Avaliação educacional: desafios e prospecções” buscam analisar instrumentos e suas implicações para o desempenho de alunos, cursos e instituições, resultando em um importante guia para reflexões de pesquisadores e gestores educacionais. Os temas, voltados à educação superior e articulados de forma a proporcionar uma visão global sobre a relação entre os diferentes agentes que participam da avaliação, abordam a autoavaliação institucional, o papel do procurador educacional e das Comissões Próprias de Avaliação (CPAs), os caminhos possíveis para a qualidade nos cursos, o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e o Exame Nacional do Ensino Médio como forma de acesso ao ensino superior e suas implicações na permanência dos estudantes. Apresentando história, fontes legais e levantamentos sobre a avaliação na educação superior, a obra subsidia os agentes participantes do processo educacional para elaboração de um trabalho coletivo em busca da qualidade. As iniciativas para melhores resultados, no entanto, não podem atender a uma mera “receita”, mas devem ser construídas no bojo dos exames e das reflexões sobre políticas que levem à efetiva participação de todos os envolvidos. Essa é a proposta dos autores da obra, com a qual esperamos inspirar nossos leitores.