Lewis Carroll (1832-1898) é um dos maiores criadores da história da literatura, e Alice no País das Maravilhas é a sua obra-prima. No dia 4 de julho de 1862, durante um passeio de barco, ele inventou e contou esta história a pedido de três irmãs: Lorina, de 13 anos, Alice, de 10 anos, e Edith, de 8 anos. Alice gostou tanto que pediu a Carroll que escrevesse a história, o que ele fez, à mão, página por página, incluindo dezenas de ilustrações. Por isso mesmo, Alice no País das Maravilhas é desde o seu nascimento um livro para crianças. Crianças inglesas, do século XIX. De lá para cá, entretanto, os adultos gostaram tanto das aventuras da menina que viaja para uma terra maravilhosa e vive mil aventuras, que acabaram por transformá-lo num livro complexo, que para ser compreendido precisa de notas de pés de página e longas explicações sobre a língua inglesa ou sobre os hábitos da Oxford vitoriana. Há boas traduções brasileiras feitas para adultos que querem estudar seriamente o livro e há centenas de versões reduzidas da história, feitas para criancinhas. Este novo Aventuras de Alice no País das Maravilhas não é nem uma coisa nem outra. É uma tradução do texto integral de Carroll, feita por Jorge Furtado e Liziane Kugland para crianças brasileiras do século XXI. Como gostam de dizer os autores/tradutores, essa nova edição parte do princípio de que uma piada só tem graça se você a entende. E, de preferência, sem precisar que ninguém a explique. Em 168 páginas recheadas de ilustrações de Mariana Newlands, o clássico de Lewis Carroll ganha tintas atuais, que só confirmam sua permanência e importância.