BEBÊS COMO POTÊNCIA DE VIDA

Na busca de traçar caminhos insuspeitos, que cruzam nossas inquietações sobre o trabalho com bebês e sua potência, organizamos este livro. Trata-se do exercício de docência que se alimenta de uma relação orgânica entre o pesquisar e trabalhar com bebês. Tempo para pensar tudo o que cerca tal relação. Podemos com este livro, apontar a professores/as, pedagogos/as, famílias, psicólogos/as, assistentes sociais, filósofos/as, ou seja, todas as pessoas sensíveis, o quanto eles são potência. Mostrarmos que sim, há muitas sensibilidades de se executar uma pedagogia que vê o bebê como potente, como um sujeito rico, competente, curioso, ativo, que retira das experiências vividas tudo que a toca, sensibiliza, percebe do mundo e que o corporifica desde sempre. O livro revela, entre palavras, imagens e cores muito das experiências cotidianas, comuns e possíveis de serem realizadas por qualquer escola que atende crianças pequenas, pois parte de práticas de vida cotidiana como as trocas de fraldas, a luz do céu, o estrelar, a lua pendente na sala, as cirandas em rodas cantadas. Viveu-se com os pequenos, experiências que possibilitam uma estética imagética de estado de potência que nos levava a perguntar: o que fazemos de nós diante dos bebês? Quem são esses bebês? Quem somos nós que agimos sobre eles?