A Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) apresentou, no dia 8 de novembro de 2017, a conclusão de um trabalho de fôlego, abrangendo a revisão de uma das traduções mais lidas e queridas pelos cristãos brasileiros, a Almeida Revista e Atualizada (RA). A revisão, que recebeu o nome de Nova Almeida Atualizada (NAA), é fruto de quatro anos de trabalho.
Nova Almeida Atualizada (NAA)
Passados 60 anos desde a publicação da Almeida Revista e Atualizada, a SBB entendeu que era tempo de fazer uma nova atualização, para tornar o texto de Almeida mais compreensível aos leitores de hoje.
No entanto, essa decisão não poderia ser tomada de forma unilateral. Representantes das igrejas cristãs foram convidados para uma reunião na Sede Nacional da Sociedade Bíblica do Brasil, em outubro de 2012, em Barueri (SP). Esses representantes de diferentes denominações cristãs acolheram a ideia com entusiasmo e ajudaram a formular os parâmetros da revisão. O trabalho de revisão foi iniciado pela SBB, oficialmente, em setembro de 2013.
Base textual: Os originais da Bíblia
A Nova Almeida Atualizada foi baseada nas edições mais recentes dos textos bíblicos nas línguas originais (hebraico, aramaico e grego).
Antigo Testamento: Biblia Hebraica Stuttgartensia.
Novo Testamento: O Novo Testamento Grego, 5ª edição / Nestle-Aland 28ª edição.
Características da Nova Almeida Atualizada
Texto clássico em uma linguagem atual.
Tradução de equivalência formal, que caracteriza a Almeida. Mas como o objetivo é oferecer um texto de fácil compreensão, foi adotada a conhecida norma: “formal ou literal sempre que possível; dinâmico sempre que necessário”.
O texto resultante corresponde à norma padrão do português que é escrito no Brasil hoje.
Algumas das principais melhorias
Substituição de termos que exigem consulta ao dicionário. Exemplo: “irrisão” (Jó 12.4), que aparece na ARA, foi substituído por “motivo de riso”, sem perda de significado.
A segunda pessoa (“tu” e “vós”) foi mudada para “você” e “vocês”, a não ser em orações e nos Salmos.
Uso da ordem de palavras que é natural em português, em vez da ordem que é natural em hebraico e grego (“respondeu a mulher” ® “a mulher respondeu”).
Preservação dos níveis literários distintos e do estilo de diferentes escritores. O leitor poderá perceber o estilo mais popular de Marcos, a simplicidade de João, a lógica de Paulo e o estilo elevado de 1Pedro e Hebreus, entre outros.
A poesia bíblica é tratada como poesia também na apresentação gráfica.
Adoção, sempre que possível, de frases mais curtas.
Unidades de peso (siclos, talentos, etc.), de medida (côvados, estádios etc.) e de capacidade (efas, batos, etc.) foram convertidas para pesos e medidas que são mais conhecidos e usados pelos leitores de hoje (gramas, metros, litros etc.).
Foi incluído um sistema de referências cruzadas mais amplo, incentivando os leitores a lerem a Bíblia à luz da própria Bíblia.
Especial atenção à apresentação gráfica, procurando priorizar os parágrafos e deixar claro onde há diálogo.