A Nova Versão Transformadora (NVT) resgata o prazer na leitura da Bíblia Sagrada, graças à cuidadosa escolha de palavras no português contemporâneo que expressam com a máxima fidelidade os textos escritos em suas línguas originais, proporcionando o entendimento da Palavra de Deus com extraordinária clareza.
Filosofia de tradução
Os tradutores da NVT se propuseram transpor com clareza a mensagem dos textos originais das Escrituras para o português contemporâneo. Ao fazê-lo, levaram em consideração aspectos tanto da equivalência formal como da equivalência dinâmica. Isto é, traduziram o original do modo mais simples e literal possível quando essa abordagem resultou num texto acessível e preciso. Em contrapartida, buscaram uma abordagem mais dinâmica à mensagem quando a tradução literal era de difícil compreensão, ambígua ou exigia o uso de termos arcaicos ou incomuns.
Processo e equipe de tradução
O projeto NVT tomou como ponto de partida os métodos de tradução da edição mais recente da New Living Translation (NLT), tradução em língua inglesa publicada pela Tyndale House Publishers e conhecida por sua comunicabilidade e acessibilidade. Em 2010, a Mundo Cristão estabeleceu um Comitê de Tradução, composto por tradutores especializados nas línguas originais e por revisores de estilo e gramática. O Comitê de Tradução foi coordenado inicialmente pelo prof. Carlos Osvaldo Cardoso Pinto (1950–2014), doutor em Hermenêutica e Exposição Bíblica pelo Dallas Theological Seminary. Após seu falecimento, a coordenação foi assumida pelo prof. Estevan F. Kirschner, doutor em Novo Testamento pela London School of Theology. A versão final do texto foi concluída em maio de 2016.
Base textual
Na tradução do Antigo Testamento, a NVT empregou o Texto Massorético da Bíblia hebraica, representado na Biblia Hebraica Stuttgartensia (1977), com seu amplo sistema de notas textuais e que constitui uma atualização da Biblia Hebraica de Rudolf Kittel (Stuttgart, 1937). Também houve comparações com os Manuscritos do Mar Morto, a Septuaginta e outros manuscritos gregos, o Pentateuco Samaritano, a Peshitta Siríaca, a Vulgata Latina e outras versões ou manuscritos que esclarecem o significado de passagens difíceis.
Os tradutores do Novo Testamento usaram as duas edições clássicas do Novo Testamento em grego: o Greek New Testament, publicado pela United Bible Societies (UBS, 4ª edição revisada, 1993), e o Novum Testamentum Graece, editado por Nestle e Aland (NA, 27ª edição, 1993). No entanto, os tradutores escolheram diferir dos textos gregos da UBS e de NA nos casos em que outras evidências textuais acadêmicas corroboravam sua decisão, seguindo variações encontradas em outras testemunhas textuais antigas. Essas variações significativas são sempre indicadas nas notas textuais da NVT.